Uma árbitra-assistente de tirar o fôlego
Bruna contrariou a própria família Foto: Michael Gonçalves
Com gloss nos lábios e base nas unhas, a árbitra-assistente Bruna Valdirene Luz, 20 anos, é a mais nova atração dos campeonatos da Liga Josefense e, agora, da Federação Catarinense de Futebol (FCF). A jovem começou na arbitragem em outubro de 2011 e anda tirando o fôlego de atletas, dirigentes, árbitros e torcedores.
Apesar do pouco tempo na arbitragem, Bruna já trabalhou em 23 partidas. Ela conta que resolveu virar uma árbitra-assistente pela paixão que tem pelo esporte.
_ Sou filha única e minha família não gosta de futebol. Eles foram contra no início, mas estão aceitando a minha vontade _ revelou.
Formada pelo Sinafesc (sindicato dos árbitros), ela tem como maior ídolo o também árbitro-assistente Kleber Lúcio Gil (Aspirante Fifa), pelo comprometimento e seriedade. Bruna pretende cursar a faculdade de direito e seguir carreira na arbitragem, porque um árbitro da CBF precisa ter curso superior.
Bruna tem demonstrado muita maturidade, porque não se assusta com as ameaças e as ofensas de torcedores e atletas. Ela revelou que chegou a receber uma cantada durante a partida, mas avisa que é incompatível com a sua função manter um relacionamento com um jogador.
_ Já fui assediada por um atleta, mas cortei na hora. Acho que não ficaria bem ter um namorado em alguma equipe, porque sempre haveria uma dúvida sobre a minha imparcialidade _ observou a jovem, como se fosse uma veterana.
Para a jovem, uma boa arbitragem é quando ela sai de campo despercebida por todos.
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